"A vitória sobre si mesmo é a maior das vitórias". (Platão)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Li isso em algum lugar que não me lembro mais:

Num muro estava pichado: "DEUS ESTÁ MORTO", Nietzsche.

Na semana seguinte apareceu outra pichação: "NIETZSCHE ESTÁ MORTO", Deus.

domingo, 28 de junho de 2009

Robert e seu delírio

Passei por uma livraria e vi exposto o livro DEUS, UM DELÍRIO de Robert Dawkins. O título chamou-me a atenção.
O autor é biólogo inglês, admiriado por grandes pensadores de nossa atualidade e parte da comunidade científica, que propaga a idéia do pró-ateísmo e, nessa obra, critica as principais religiões, considerando elas como as promotoras dos males da humanidade, bem como que o Deus apregoado é de improvável existência à luz da ciência. Afirma, ainda, que a idéia de Deus é desnecessária para a manutenção de valores moraís ou éticos justificáveis.
Para isso traz vários argumentos para apoiar a idéia de outro pensador, Robert Pisig, que disse "quando uma pessoa tem uma insanidade, chama-se a isso 'delírio'; quando muitas pessoas sofrem de um delírio, chama-se a isso 'religião".
Penso eu que o autor construiu a obra sobre uma idéia preconceituosa sobre Deus e as religiões. Bem verdade que há muitas religiões que propagam o fanatismo, escravizando o pensamento e coração humanos, para o bem do interesse de alguns, levando muitos à morte física ou espiritual. Afastam mais do que aproximam alguém à Deus.
Por outro lado, por causa de nossa cultura judáico-cristã, compartilhamos, na maior parte, uma vaga idéia do Divino, que está mais próxima de alguém paa nos auxiliar, julgar ou culpar. Eis por isso, que o livro ataca mais as religiões do que a idéia da existência de Deus.
No entanto, afirmar-se com tanta veemência Sua não existência é no mínimo tão pretensiosa quanto querer prova-la. Pois, os mesmos argumentos utilizados para um, servem para o outro.
Por exemplo, se alguém se diz ateu, mas se comporta dentro de um campo de moral, ética e justiça, semelhante ao que vive um religioso, não é prova de que Deus é desnecessário. É que ambos discernem o bem e o mal, quando de uma decisão ou ação em suas vidas. Na verdade, intuem, a sua medida, a necessidade de comportar-se assim, como forma de boa convivência e, ao fim, sobrevivência de uma sociedade.
No entanto, ambos estão conectados com valores superiores às suas crenças ou descrenças. Uma inteligência maior; uma causa-princípio. O religioso dirá que é Deus e o ateu, a razão. Seja o que for, ambos foram unidos por algo que inspirou uma forma melhor de agirem e "ser". Conclui-se, então, a existência de um Ser Superior, tanto para o religioso, como para o ateu.
A verdade é que ninguém pode afirmar com tanta exatidão nada. Pode-se, apenas, intuir algo e depois, especular-se entre um mundo infinito de "achísmos" e arrogâncias intelectuais que mais geram dolorosas dúvidas do que certezas.
Se se estuda um objeto com uma visão preconceituosa, a resposta também será assim. E de resposta, nada terá. Muito menos de luz de alguma coisa.
Quanto a mim, creio na existência de expressão de uma Inteligência Maior, que inspira e se manifesta nas coisas mais simples, como a natureza e na ordem mais complexa de leis universais, como a gravidade, que nos une, crentes ou ateus, pró, neos, contra, a favor.
Não importa. O mundo é de todos. Um barco que segue um rumo só. Aprender a conviver é um bom começo para qualquer coisa.
Do contrário, o futuro intepretará o homem, um delírio.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

INCONSTÂNCIAS

Uma pena flutuava pela brisa
De tão leve e perdida
achou-se sobre minha cabeça
De tão frágil e esquecida
esperou outra brisa
De tão insana e leviana
procurou outra cabeça

quinta-feira, 18 de junho de 2009

SOBRE VINHOS E VINHAS

Sobrevindo ao vinho, vinhas...

Sobrechegando ao leito, fomos...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A menor batalha do mundo

Acordar parece um esforço sobre-humano.
Você abre os olhos e pensa em levantar-se para suas atividades habituais, mas, tudo pesa. A cabeça, o corpo, e a angústia em ter que por o pé no chão. Tudo, pesado.
Ocorre uma rebeldia momentânea. Melhor uns minutos a mais na cama, com risco de se atrasar a um compromisso, do que enfrentar aquele dia.
É isso. O "enfrentamento" que pesa. O corpo não muda seu peso, mas o dia!? Ora é magrinho; ora, obeso demais. É só pensar nas coisas a fazer naquele dia...
É só pensar e os olhos se fecham para uma tentativa tardia de se esconder de tudo. Do despertador, do café da manhã, do trabalho, do chefe, da faculdade, da prova, da falta de dinheiro...de tudo.
Então, não é o enfrentamento. É o "pensar". Pensar engorda. Pensar em sair da cama torna qualquer um pesado. Ou será que não é o pensar, mas "o pensar assim"?
Quem sabe esse esforço sobre-humano seja apenas isso, resultado de "pensar assim".
Amanhã, apenas acordar e levantar-se, sem pensar.
Quem sabe, um dia diferente. E leve.