Se tem uma pessoa cujos fatos da sua vida daria um livro de crônicas hilariantes, essa pessoa é a Telma Zanlucas, minha amiga.
Conheço a Telma a uns tantos anos e lá vai pedrada, e não me lembro de não ter deixado de rir e me divertir muito das história engraçada que acontecem com ela.
Tem aquela, já lenda entre os amigos, da vez que resolveu ir para Blumenau a uma festa de formatura, de Biz. É, aquela pequena motocicleta da Honda. Saiu de Balneário Camboriú, onde mora, em direção à Blumenau, até que, lá pelas tantas, desconfiou que haiva alguma coisa errada quando viu umas baleias de concreto à margem da rodovia. Parou a moto e telefonou para irmã dela, perguntando se no caminho de Blumenau tinham as tais baleias de concreto. "Sua burraaaaa", respondeu amavelmente a irmã, "tais indo pra Joinville". Eram as baleias do Hotel Flamboyan, próximo à Barra Velha. Ela realmente estava indo na direção errada...(estou rindo muito, de novo). Essa é a Telma.
É uma amiga maravilhosa. Bonita e sempre guerreira. Nunca a vi deixar de lutar ou desistir de seus sonhos. Independente e inteligente. Claro que essa mistura assusta muito marmanjo (aquele problema masculino de ter medo de mulher inteligente e independente - graças à Deus, fui vacinado), por isso, não encontrou, ainda, alguém à altura; ou à largura.
Porém, não está só. Até porque, como já ensinou o sábio Pitágoras, "solidão não é estar só, mas, vazio". E vazia ela não é. Transborda simpatia, bom humor e disposição, por isso, sempre acompanhada de amigos fiéis.
E eis que nós amigos comparecemos ao último evento da Telma, a inauguração de seu novo apartamento. Um maior do que o anterior (uma "kitnet" minúscula, mas, bem agradável ao estilo Telma), no qual nos reunimos entorno de uma muqueca maravilhosa preparada pela "Chef Fabiana". Foi para batizar o ambiente com a energia boa dessa gente. Se bem que o batismo tomou uma proporção não prevista.
Por um pequeno acidente com a garrafa de vinho que abri, deixei uma leva mancha lilás na parede branca, recém-pintada, da "masion" Zanlucas. Tá, não tão leve, porque não saiu, nem com esponja e detergente.
Pelo menos, combinou com a parede próxima que é de cor semelhante.
Ela tratou o acidente trágico-cômico com aquele humor de sempre, dizendo, que, agora, não tem como esquecer de mim.
"Sorry, Telma!" É mais uma para os anais das suas histórias engraçadas. E que honra ser coadjuvante delas.